quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Vacina contra Raiva

          Figura 1- ciclo epidemiológico da raiva         

fonte: página do site uipi!¹.

      Vacina
   A vacina contra raiva para uso humano, empregada rotineiramente no Brasil, é a vacina do tipo Fuenzalida palacios, apresentada sob a forma de suspensão a 2% de cérebros de camundongos lactentes, infectados com vírus da raiva fixo, inativados por radiação ultravioleta ou por betapropiolactona, com potência mínima de 1,0UI/ml, tendo o fenol e o timerosal como conservantes.

Como é aplicada?
  A vacina anti-rábica deve ser administrada por via intramuscular, na região deltóide, podendo ser aplicada, em crianças pequenas, no vasto lateral da coxa.

     Quem deve tomar?
  Havendo indicação, a vacina e o soro contra raiva podem ser aplicados em qualquer idade.

     Quando é preciso tomar a vacina?
  A vacina anti-rábica é indicada em casos de acidentes com animais, principalmente se estes não forem vacinados. A vacina contra raiva é aplicada em dose única diária, tanto para adultos quanto para crianças, em esquemas variáveis, de acordo com a indicação para seu uso. A profilaxia pós-exposição é efetuada segundo esquemas estabelecidos, considerando-se o tipo de exposição, particularmente a localização e a gravidade do ferimento, e a espécie e o estado clínico do animal que provocou o acidente.

        Quais os benefícios da vacina?
Prevenção da raiva.

Eventos adversos
  A vacina contra a raiva pode provocar reações locais (eritema, edema e/ou prurido); com pequena freqüência ocorrem febre, cefaléia, artralgias ou adenomegalia. As reações desmielinizantes, com acidentes neuroparalíticos (mielite, polirradiculoneurite ou encefalite) são incomuns em nosso meio. Ocorrendo reações de pequena intensidade (locais ou sistêmicas) será prescrito analgésico, antitérmico e/ou anti-histamínico. Havendo reações alérgicas muito intensas ou manifestações sugestivas de comprometimento neurológico (cefaléia, mialgias, artralgias, diminuição do tônus muscular, parestesia plantar, etc.) - que geralmente ocorrem depois da aplicação de várias doses ou com a repetição do esquema -, deve-se prescrever medicamento(s) sintomático(s), suspender a administração da vacina Fuenzalida palacios e completar o esquema com a vacina anti-rábica de cultivo celular.

Contra-indicações
   A vacina contra raiva do tipo Fuenzalida palacios deve ser contra-indicada a pessoas que, ao recebê-la anteriormente, apresentaram reações neuroparalíticas. Além disso, sua administração deve ser suspensa nos indivíduos que apresentem alterações neurológicas no decorrer da aplicação do esquema prescrito. Nessa eventualidade, sob orientação médica, a vacina Fuenzalida palacios será substituída por vacina anti-rábica obtida em cultivo de células. Tanto para os indivíduos que apresentaram anteriormente eventos adversos graves à vacina Fuenzalida palacios quanto para todos os imunodeprimidos, deve-se preferir o uso da vacina contra raiva de cultivo celular
Quando necessário, a vacina contra raiva (a do tipo Fuenzalida palacios ou qualquer outra) deve ser administrados a pessoas de qualquer idade, sadias ou doentes, mesmo que estejam grávidas, imunodeprimidas ou em uso de corticosteróides. Durante a vacinação, desde que possível, deve ser suspenso o uso do corticosteróide ou de outros medicamentos imunodepressores. Como já foi mencionado, nas pessoas imunocomprometidas, incluindo os doentes com aids, deve-se dar preferência ao uso de vacina contra raiva de cultivo celular.

Conservação e validade
  A vacina contra a raiva deve ser conservada entre +2ºC e +8ºC, não se permitindo congelamento. A vacina Fuenzalida palacios apresenta aspecto opalescente; havendo precipitação, deve ser agitada antes do uso e se, depois disso, persistir a presença do precipitado, a vacina deverá ser desprezada. Deve ser respeitado o prazo de validade indicado pelo fabricante.

Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_normas_vac.pdf
https://docs.google.com/viewera=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxzYWJlcnZpdmVycGFyYWNyZXNjZXJ8Z3g6NmEzNGUzMDc4NjBjZTcyMQ

Disponível em:
<http://uipi.com.br/noticias/geral/2015/04/20/depois-de-21-anos-ms-registra-caso-de-raiva-humana/> Acesso em 6 de agosto de 2015.

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