Figura 1 - manifestação clínica do sarampo.
fonte: página do blog super reforço¹.
O
que é o sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa aguda,
de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na
infância. A viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite
generalizada, responsável pelo aparecimento das diversas manifestações clínicas,
inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e proteínas, gerando o quadro expoliante
característico da infecção. Além disso, as complicações infecciosas contribuem para
a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1
ano de idade. O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus,
família Paramyxoviridae.
Como
o sarampo é transmitido?
É transmitido diretamente de pessoa a
pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou
respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagiosidade da doença.
Tem sido descrito, também, o contágio por dispersão de gotículas com partículas
virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches e
clínicas.
Quais
são as manifestações clínicas da doença?
Caracteriza-se por febre alta, acima de
38° C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de
Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao
exantema).
• Período de infecção: dura cerca
de sete dias, iniciando com período prodrômico, onde surge febre, acompanhada de tosse
produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dias desse
período, surge o exantema, quando acentuam-se os sintomas iniciais, o paciente fica
prostrado e aparecem as lesões características do sarampo: exantema
cutâneo máculo-papular de coloração vermelha, iniciando na região
retroauricular.
• Remissão: caracteriza-se pela
diminuição dos sintomas, declínio da febre. O exantema torna-se escurecido e, em
alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de
furfurácea.
• Período toxêmico: o sarampo é
uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de
superinfecção viral ou bacteriana. Por isso, são freqüentes as complicações,
principalmente nas crianças até os dois anos de idade, em especial as
desnutridas, e adultos jovens. A ocorrência de febre, por mais de três
dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, indicando o
aparecimento de complicações. As mais comuns são:
_ infecções respiratórias;
_ desnutrição;
_ doenças diarréicas, e
_ neurológicas.
É durante o período exantemático que,
geralmente, se instalam as complicações
sistêmicas, embora a encefalite possa
aparecer após o 20° dia.
Como
previnir o sarampo?
A vacina é a única forma de prevenir a
ocorrência do sarampo na população. O risco da doença para indivíduos
suscetíveis permanece, em função da circulação do vírus do sarampo em várias
regiões do mundo, e da facilidade em viajar por esses lugares. É necessário,
portanto, manter um alto nível de imunidade na população, por meio de
coberturas vacinais elevadas, iguais ou superiores a 95%, o que reduz a
possibilidade da ocorrência do sarampo, permitindo a erradicação da transmissão
do vírus, uma vez que, não encontrando suscetíveis, não é mantida a cadeia de
transmissão. Além disso, temos a educação em saúde,
onde a melhor forma é desenvolver atividades de forma integrada com área de
educação. Na escola, deverá ser trabalhada a doença e meios de prevenção. No
momento da investigação, devemos orientar as pessoas sobre a importância da
prevenção do sarampo, e o dever de cada cidadão de informar ao serviço de saúde
mais próximo de sua casa, a existência de um caso
suspeito.
Qual
é o tratamento?
Não existe tratamento específico para a
infecção por sarampo. O tratamento profilático com antibiótico é
contra-indicado. É recomendável a administração da vitamina A em crianças
acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais.
A OMS recomenda administrar a vitamina A, em todas as crianças, no mesmo dia do diagnóstico do sarampo, nas seguintes dosagens:
• Crianças menores de seis meses de
idade
_ 50.000 U.I. (unidades internacionais):
- uma dose, em aerossol, no dia do
diagnóstico; e
- outra dose no dia seguinte.
• Crianças entre 6 e 12 meses de
idade
_ 100.000 U.I:
- uma dose, em aerossol, no dia do
diagnóstico; e
- outra dose no dia seguinte.
• Crianças maiores de 12 meses de
idade
_ 200.000 U.I.:
- uma dose, em aerossol ou cápsula, no
dia do diagnóstico; e
- outra dose no dia seguinte.
Para os casos não complicados manter a
hidratação, o suporte nutricional e diminuir a hipertermia. Muitas crianças
necessitam, de quatro a oito semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam
antes do sarampo. As complicações como diarréia, pneumonia
e otite média, devem ser tratadas de acordo com normas e procedimentos
estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_ll.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/sarampo
1- Disponível em: <http://superreforco.blogspot.com.br/2015/03/sarampo.html> Acesso em 6 de agosto, 2015.
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