Figura 1 - vírus da influenza no sangue.
fonte: página do blog gripe net¹.
O que é influenza?
A
influenza, ou gripe, é uma doença contagiosa aguda do trato respiratório, de
natureza viral e de distribuição global. Classicamente, apresenta-se com início
abrupto de febre, mialgia e tosse seca e, em geral, tem evolução auto-limitada,
de poucos dias. Sua importância deve-se ao seu caráter epidêmico, caracterizado
por disseminação rápida e marcada morbidade nas populações atingidas.
Como a influenza é
transmitida?
A
transmissão se dá através das vias respiratórias, quando indivíduos infectados
transmitem o vírus a pessoas susceptíveis, ao falar, espirrar e tossir, através
de pequenas gotículas de aerossol. Apesar da transmissão inter-humana ser a
mais comum, já foi documentada a transmissão direta do vírus, a partir de aves
e suínos para o homem.
Quais são as
manifestações clínicas da influenza?
Clinicamente,
a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de
38º C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, dor de cabeça e tosse
seca. A febre é, sem dúvida, o sintoma mais importante e perdura em torno de
três dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da
doença. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais
evidentes e mantém-se em geral por 3 a 4 dias, após o desaparecimento da febre.
É comum a queixa de garganta seca, rouquidão, tosse seca e queimação
retro-esternal ao tossir. Os pacientes apresentam-se toxemiados ao exame
clinico, com a pele quente e úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes. Há
hiperemia das mucosas, com aumento de secreção nasal hialina.
O quadro clínico
em adultos sadios pode variar de intensidade. Nas crianças, a temperatura pode
atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos
cervicais. Quadros de crupe, bronquite ou bronquiolite, além de sintomas
gastrointestinais, também podem fazer parte da apresentação clínica em crianças.
Os idosos quase sempre apresentam-se febris, às vezes sem outros sintomas, mas
em geral a temperatura não atinge níveis tão altos. As complicações são mais
comuns em idosos e indivíduos debilitados.
As situações, sabidamente de risco,
incluem doença crônica pulmonar (Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica -
DPOC), cardiopatias (Insuficiência Cardíaca Crônica), doença metabólica crônica
(Diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença
crônica renal e hemoglobinopatias. As complicações pulmonares mais comuns são
as pneumonias bacterianas secundárias, sendo mais freqüentes as provocadas
pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus e
Haemophillus influenzae. Uma complicação incomum, e muito grave, é a Pneumonia
Viral Primária pelo vírus da influenza.
Nos imunocomprometidos, o quadro
clínico é geralmente mais arrastado e muitas vezes mais severo. Gestantes com
quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestres da gravidez estão mais
propensas à internação hospitalar. Dentre as complicações não pulmonares em
crianças, destaca-se a Síndrome de Reye, que também está associada aos quadros
de varicela. Esta Síndrome caracteriza-se por encefalopatia e degeneração
gordurosa do fígado, após o uso do Ácido Acetil Salicílico, na vigência de um
destes quadros virais. Recomenda-se, portanto, que não sejam utilizados
medicamentos do tipo Ácido Acetil Salicílico, em crianças com Síndrome Gripal
ou Varicela. Outras complicações incluem Miosite, Miocardite, Pericardite, Síndrome
do Choque Tóxico, Síndrome de Guillain-Barré e, mais raramente, Encefalite e
Mielite Transversa.
Como previnir a
influenza?
O Ministério da Saúde implantou, desde
1999, a vacinação contra a gripe no Brasil,
com o objetivo de proteger os grupos de
maior risco contra as complicações da
influenza, ou seja, os idosos e os
portadores de doenças crônicas. Apesar das drogas
atualmente disponíveis para o tratamento
da influenza, o Ministério da Saúde
considera a vacinação a melhor arma
disponível para a prevenção da influenza e
suas
conseqüências.
A vacinação ocorre na forma de campanhas
prolongadas, em geral duas semanas.
O período para a realização dessas
campanhas deve ser anterior ao período de
maior circulação do vírus na população
das diferentes regiões do país. Para conferir
proteção adequada, a vacina deve ser
administrada a cada ano, já que sua composição
também
varia anualmente, em função das cepas circulantes.
Como é o tratamento?
Aos pacientes agudos, recomenda-se
repouso e hidratação adequada. Medicações
antipiréticas podem ser utilizadas, mas
deve-se evitar o uso de Ácido Acetil Salicílico
nas crianças. No caso de complicações
pulmonares severas, podem ser necessárias
medidas
de suporte intensivo.Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_ll.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/influenza
1- Disponível em:<http://www.gripenet.pt/pt/sobre-gripe/gripe/> Acesso 6 de agosto, 2015.
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