quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Influenza

                                Figura 1 - vírus da influenza no sangue.                                    
                                       
                                         
                                               fonte: página do blog gripe net¹.



O que é influenza?
  A influenza, ou gripe, é uma doença contagiosa aguda do trato respiratório, de natureza viral e de distribuição global. Classicamente, apresenta-se com início abrupto de febre, mialgia e tosse seca e, em geral, tem evolução auto-limitada, de poucos dias. Sua importância deve-se ao seu caráter epidêmico, caracterizado por disseminação rápida e marcada morbidade nas populações atingidas.

Como a influenza é transmitida?
 A transmissão se dá através das vias respiratórias, quando indivíduos infectados transmitem o vírus a pessoas susceptíveis, ao falar, espirrar e tossir, através de pequenas gotículas de aerossol. Apesar da transmissão inter-humana ser a mais comum, já foi documentada a transmissão direta do vírus, a partir de aves e suínos para o homem.

Quais são as manifestações clínicas da influenza?
  Clinicamente, a doença inicia-se com a instalação abrupta de febre alta, em geral acima de 38º C, seguida de mialgia, dor de garganta, prostração, dor de cabeça e tosse seca. A febre é, sem dúvida, o sintoma mais importante e perdura em torno de três dias. Os sintomas sistêmicos são muito intensos nos primeiros dias da doença. Com a sua progressão, os sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes e mantém-se em geral por 3 a 4 dias, após o desaparecimento da febre. É comum a queixa de garganta seca, rouquidão, tosse seca e queimação retro-esternal ao tossir. Os pacientes apresentam-se toxemiados ao exame clinico, com a pele quente e úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes. Há hiperemia das mucosas, com aumento de secreção nasal hialina. 
 O quadro clínico em adultos sadios pode variar de intensidade. Nas crianças, a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais. Quadros de crupe, bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais, também podem fazer parte da apresentação clínica em crianças. 
  Os idosos quase sempre apresentam-se febris, às vezes sem outros sintomas, mas em geral a temperatura não atinge níveis tão altos. As complicações são mais comuns em idosos e indivíduos debilitados. 
  As situações, sabidamente de risco, incluem doença crônica pulmonar (Asma e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC), cardiopatias (Insuficiência Cardíaca Crônica), doença metabólica crônica (Diabetes, por exemplo), imunodeficiência ou imunodepressão, gravidez, doença crônica renal e hemoglobinopatias. As complicações pulmonares mais comuns são as pneumonias bacterianas secundárias, sendo mais freqüentes as provocadas pelos seguintes agentes: Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus e Haemophillus influenzae. Uma complicação incomum, e muito grave, é a Pneumonia Viral Primária pelo vírus da influenza. 
  Nos imunocomprometidos, o quadro clínico é geralmente mais arrastado e muitas vezes mais severo. Gestantes com quadro de influenza no segundo ou terceiro trimestres da gravidez estão mais propensas à internação hospitalar. Dentre as complicações não pulmonares em crianças, destaca-se a Síndrome de Reye, que também está associada aos quadros de varicela. Esta Síndrome caracteriza-se por encefalopatia e degeneração gordurosa do fígado, após o uso do Ácido Acetil Salicílico, na vigência de um destes quadros virais. Recomenda-se, portanto, que não sejam utilizados medicamentos do tipo Ácido Acetil Salicílico, em crianças com Síndrome Gripal ou Varicela. Outras complicações incluem Miosite, Miocardite, Pericardite, Síndrome do Choque Tóxico, Síndrome de Guillain-Barré e, mais raramente, Encefalite e Mielite Transversa.

Como previnir a influenza?
  O Ministério da Saúde implantou, desde 1999, a vacinação contra a gripe no Brasil,
com o objetivo de proteger os grupos de maior risco contra as complicações da
influenza, ou seja, os idosos e os portadores de doenças crônicas. Apesar das drogas
atualmente disponíveis para o tratamento da influenza, o Ministério da Saúde
considera a vacinação a melhor arma disponível para a prevenção da influenza e
suas conseqüências.
  A vacinação ocorre na forma de campanhas prolongadas, em geral duas semanas.
O período para a realização dessas campanhas deve ser anterior ao período de
maior circulação do vírus na população das diferentes regiões do país. Para conferir
proteção adequada, a vacina deve ser administrada a cada ano, já que sua composição
também varia anualmente, em função das cepas circulantes.


Como é o tratamento?
  Aos pacientes agudos, recomenda-se repouso e hidratação adequada. Medicações
antipiréticas podem ser utilizadas, mas deve-se evitar o uso de Ácido Acetil Salicílico
nas crianças. No caso de complicações pulmonares severas, podem ser necessárias
medidas de suporte intensivo.


Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_ll.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/influenza


1- Disponível em:<http://www.gripenet.pt/pt/sobre-gripe/gripe/> Acesso 6 de agosto, 2015.

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