Figura 1 - Mucosa oral com infecção diftérica.
Fonte: página do site Healthline¹.
O que é difteria?
Doença transmissível aguda, toxiinfecciosa,
imunoprevenível, causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas
amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na
pele. É caracterizada por placas pseudomembranosas típicas. O agente etiológico é o Corynebacterium diphtheriae,
bacilo gram-positivo, produtor da toxina diftérica, quando infectado por um
fago. O principal reservatório é o próprio doente ou o portador, sendo esse
último mais importante na disseminação do bacilo, por sua maior frequência na
comunidade e por ser assintomático. A via respiratória superior e a pele são
locais habitualmente colonizados pela bactéria.
Como a
difteria é transmitida?
A transmissão se dá
pelo contato direto de pessoa doente ou portadores com pessoa suscetível,
através de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou
ao falar. Em casos raros, pode ocorrer a contaminação por fômites. Em geral, o
período de incubaçao é de 1 a 6 dias, podendo ser mais longo. Já o período de
transmissibilidade é em média, até 2 semanas após o início dos sintomas. A
antibioticoterapia adequada elimina o bacilo diftérico da orofaringe, de 24 a
48 horas após a sua introdução, na maioria dos casos. O portador pode eliminar o bacilo por 6
meses ou mais, motivo pelo qual se torna extremamente importante na
disseminação da difteria.
Quais as manifestações clínicas
da difteria?
O sintoma típico da difteria é o aparecimento de
placas pseudomembranosas, acinzentadas e firmes nas amídalas e órgãos adjacentes.
Mal-estar, dor de garganta, febre, corrimento nasal, gânglios linfáticos
inflamados e manchas avermelhadas na pele são outros sintomas possíveis da
doença. Edema de pescoço, toxemia, prostração e asfixia mecânica são sinais que
sugerem o agravamento da infecção. A inflamação da epiglote, válvula situada na
parte superior da laringe, que fecha a glote no momento da deglutição, pode
provocar a súbita obstrução das vias aéreas, com consequências bastante graves
para o paciente. Por isso é preciso estar atento. Crianças com a epiglote
inflamada ficam muito abatidas, com os lábios ligeiramente azulados, têm febre
alta e, às vezes, dificuldade para deitar-se ou engolir saliva. Os sintomas da
difteria se agravam à noite. Em geral, a criança acorda durante a madrugada.
Sua respiração, nesse momento, é estranha: a inspiração é marcada por um chiado
estridente e a expiração, por tosse áspera. Miocardite (arritmia e
insuficiência cardíaca), neuropatia (visão dupla, fala anasalada, dificuldade
para engolir, paralisia) e insuficiência renal são complicações graves que
podem ocorrer em qualquer fase da doença.
Como previnir a difteria?
Através da vacinação da DT
(difteria e tétano) ou DTP (difteria, tétano e coqueluche) é fundamental para a
prevenção destas enfermidades. Essas vacinas fazem parte do calendário de
vacinação do ministério da saúde.
Qual é o tratamento?
A medida
terapêutica na difteria é a administração do soro antidiftérico (SAD), que deve
ser feito em unidade hospitalar, cuja finalidade é inativar a toxina circulante
o mais rapidamente possível e possibilitar a circulação de excesso de
anticorpos, em quantidade suficiente para neutralizar a toxina produzida pelos
bacilos. Mas
atenção, o soro antidiftérico não tem ação sobre a toxina já impregnada no
tecido, por isso sua administração deve ser feita o mais precocemente possível,
frente a uma suspeita clínica bem fundamentada. O
soro antidiftérico tem origem heteróloga (soro heterólogo de cavalo), sua
administração pode causar reações alérgicas. As doses do SAD não dependem do
peso e da idade do paciente, e sim da gravidade e do tempo da doença. O SAD
deve ser feito, preferencialmente, por via endovenosa (EV), diluído em 100ml de
soro fisiológico, em dose única.
Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_l.pdf
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/difteria/
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/difteria
1- Disponível em: <http://www.healthline.com/health/diphtheria#Overview1> Acesso em 6 de agosto, 2015.
Fonte:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/guia_vig_epi_vol_l.pdf
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/difteria/
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/difteria
1- Disponível em: <http://www.healthline.com/health/diphtheria#Overview1> Acesso em 6 de agosto, 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário